Com a evolução das smart TVs, as
fabricantes se desdobram em oferecer diferentes tecnologias para
produzir imagens cada vez mais incríveis. Neste contexto, a tecnologia
mais badalada do momento é o HDR.
No Brasil a tecnologia está presente nas linhas Super Ultra HD e OLED 4K da LG, na série SUHD da Samsung e na linha XBR da Sony. Essa matéria pretende tratar em linhas gerais o que significa ter HDR em uma TV. Confira.
HDR
A sigla HDR significa, em inglês, High Dynamic Range ou, em português, Alto Alcance Dinâmico.
No mundo da fotografia o termo passou a denominar, em linhas (muito)
gerais, os diferentes níveis de iluminação que uma câmera fotográfica é
capaz de capturar.
O uso dessa técnica técnica foi desenvolvido na década de 1940 por Charles Wyckoff,
para fotografar detalhadamente explosões nucleares. Com a ascensão da
fotografia digital e softwares que facilitam a criação de imagens com
grande alcance dinâmico, a técnica se popularizou.
Tecnologia HDR
Os olhos humanos têm um alto alcance
dinâmico porque conseguimos ver, com detalhes, um cenário com
quantidades de luz de diferentes intensidades. Já a câmera fotográfica,
por maior que seja o alcance dinâmico, tem seus limites físicos.
Para aumentar a capacidade das câmeras fotográficas se desenvolveu a tecnologia HDR, que consiste (basicamente) na captura de um mesmo cenário em fotos com diferentes níveis de iluminação.
Após essa etapa, um programa de edição
de imagens sobrepõem-se as fotos, criando uma outra imagem, que possui
detalhes em diversos pontos e muita informação de luminosidade,
permitindo que detalhes e nuances que poderiam passar despercebidos em
uma foto sejam expostos.
HDR para smart TVs
Nas smart TVs, o uso da tecnologia HDR
é um pouco diferente. Em primeiro lugar, os escuros da imagem ficarão
mais escuros, enquanto os iluminados serão ainda mais destacados. Dessa
forma, as cores se tornam mais vivas e presentes, com tons respeitados e
maior destaque na composição.
O resultado final é uma qualidade no que se vê. Na prática, contar com o HDR é uma aparelho pode ser mais significativo na experiência do usuário, do que ter uma TV com maior definição (4K, por exemplo).
O HDR faz tudo isso ao aumentar duas variáveis na TV: a taxa de contraste e a precisão na reprodução das cores. Entenda.
Contraste
O contraste é um dos fatores mais importantes para se obter uma boa imagem. Numa TV HDR,
ele irá determinar as diferenças entre o claro e o escuro, sendo que
quanto maior a diferença maior será a taxa de contraste. Dessa forma, há
dois elementos fundamentais aqui:
- Brilho máximo: Está ligado à capacidade de iluminação que a TV pode produzir, que é medida em nits. Nas TVs com HDR, a taxa de nits chega a ser até 3 vezes maior que nos modelos convencionais.
- Preto máximo: Refere-se a quão escura uma imagem de TV pode ser e também é medido em nits. Neste caso, as TVs com HDR emitem uma taxa menor de nits para produzir tons mais escuros possíveis.
Cores
Outro elemento fundamental diz respeito às cores. Uma TV com HDR processa o padrão 10 bits de cores. Na prática, isso significa que o aparelho é capaz de reconhecer até 1 bilhão
de cores diferentes, reduzindo gradações óbvias de tons e produzindo
imagens mais realistas. Para se ter uma ideia, o padrão de cores 8 bits presente no BluRay tradicional, o torna capaz de reconhecer “apenas” 16 milhões de cores.
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