sábado, 1 de outubro de 2016

Como funciona a tecnologia HDR nas TVs

 hdr-caput
 Erico Abdala

Com a evolução das smart TVs, as fabricantes se desdobram em oferecer diferentes tecnologias para produzir imagens cada vez mais incríveis. Neste contexto, a tecnologia mais badalada do momento é o HDR.



No Brasil a tecnologia está presente nas linhas Super Ultra HD e OLED 4K da LG, na série SUHD da Samsung e na linha XBR da Sony. Essa matéria pretende tratar em linhas gerais o que significa ter HDR em uma TV. Confira.

HDR

hdr-photo-hdr



A sigla HDR significa, em inglês, High Dynamic Range ou, em português, Alto Alcance Dinâmico. No mundo da fotografia o termo passou a denominar, em linhas (muito) gerais, os diferentes níveis de iluminação que uma câmera fotográfica é capaz de capturar.


O uso dessa técnica técnica foi desenvolvido na década de 1940 por Charles Wyckoff, para fotografar detalhadamente explosões nucleares. Com a ascensão da fotografia digital e softwares que facilitam a criação de imagens com grande alcance dinâmico, a técnica se popularizou.

Tecnologia HDR


Os olhos humanos têm um alto alcance dinâmico porque conseguimos ver, com detalhes, um cenário com quantidades de luz de diferentes intensidades. Já a câmera fotográfica, por maior que seja o alcance dinâmico, tem seus limites físicos.

Para aumentar a capacidade das câmeras fotográficas se desenvolveu a tecnologia HDR, que consiste (basicamente) na captura de um mesmo cenário em fotos com diferentes níveis de iluminação.

Após essa etapa, um programa de edição de imagens sobrepõem-se as fotos, criando uma outra imagem, que possui detalhes em diversos pontos e muita informação de luminosidade, permitindo que detalhes e nuances que poderiam passar despercebidos em uma foto sejam expostos.

HDR para smart TVs

Nas smart TVs, o uso da tecnologia HDR é um pouco diferente. Em primeiro lugar, os escuros da imagem ficarão mais escuros, enquanto os iluminados serão ainda mais destacados. Dessa forma, as cores se tornam mais vivas e presentes, com tons respeitados e maior destaque na composição.

O resultado final é uma qualidade no que se vê. Na prática, contar com o HDR é uma aparelho pode ser mais significativo na experiência do usuário, do que ter uma TV com maior definição (4K, por exemplo).

O HDR faz tudo isso ao aumentar duas variáveis na TV: a taxa de contraste e a precisão na reprodução das cores. Entenda.

Contraste

hdr-contraste

O contraste é um dos fatores mais importantes para se obter uma boa imagem. Numa TV HDR, ele irá determinar as diferenças entre o claro e o escuro, sendo que quanto maior a diferença maior será a taxa de contraste. Dessa forma, há dois elementos fundamentais aqui:
  • Brilho máximo: Está ligado à capacidade de iluminação que a TV pode produzir, que é medida em nits. Nas TVs com HDR, a taxa de nits chega a ser até 3 vezes maior que nos modelos convencionais.
  • Preto máximo: Refere-se a quão escura uma imagem de TV pode ser e também é medido em nits. Neste caso, as TVs com HDR emitem uma taxa menor de nits para produzir tons mais escuros possíveis.

Cores

hdr-cores

Outro elemento fundamental diz respeito às cores. Uma TV com HDR processa o padrão 10 bits de cores. Na prática, isso significa que o aparelho é capaz de reconhecer até 1 bilhão de cores diferentes, reduzindo gradações óbvias de tons e produzindo imagens mais realistas. Para se ter uma ideia, o padrão de cores 8 bits presente no BluRay tradicional, o torna capaz de reconhecer “apenas” 16 milhões de cores.

Além disso, uma TV com HDR precisa produzir essa visualização no padrão conhecido como DCI-P3. O padrão se refere ao alcance de cores que a imagem é capaz de reproduzir. Os aparelhos convencionais, seguem o padrão Rec. 709, que abrange uma quantidade de cores inferior ao P3.

Nenhum comentário: